Pesquisadores de brasileiros da Universidade de São Paulo e da Dinamarca avaliaram a prevalência, importância e os indicadores de risco para a perda dentária em uma população brasileira isolada. A pesquisa foi publicada na revista Acta Odontologica Scandinavica em seu número de setembro de 2009.
Foram identificados em uma população isolada através do censo 242 indivíduos, com idades entre 14 e 82 anos. Aqueles que concordaram em participar foram submetidos a um exame clínico completo da boca (índice de DTF e informação sobre ausência de dentes) e exame periodontal de seis locais por dente. Foram ainda colhidas informações demográficas, ambientais e sobre variáveis biológicas através de questionário escrito.
Dos 200 indivíduos (índice de resposta de 80%), 19 eram edentados, 90% haviam perdido ao menos 1 dente, e 39% haviam perdido mais de 8 dentes. O número médio de perda dentária foi 9,5, sendo o dente mais comumente perdido o primeiro molar mandibular. Após análise de regressão, observou-se que ter perdido mais de 8 dentes se associou com a idade adulta (OR 18,3) e sexo feminino (OR 5,9) no modelo final.
Portanto, concluiu-se que a perda dentária foi altamente prevalente e extensa nesta população isolada, com grande importância para os fatores demográficos e comportamentais na prevalência de perda dentária nesta população.
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