sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pesquisadores querem desenvolver "dente-celular"

      Uma dupla de pesquisadores do Laboratório de Mídia do Massachusetts Institute of Technology -MIT em Dublin, na Irlanda, desenvolveu um dispositivo de fazer inveja ao agente 007: um dente que pode ser usado para receber sinais de um telefone celular.


      O projeto de James Auger e Jimmy Loizeau, pesquisadores do laboratório, é um dos concorrentes de uma competição de produtos inovadores da Fundação Nacional para a Ciência, Tecnologia e Artes da Grã-Bretanha.Mas antes de consultar seu dentista para obter um desses dentes-celulares, é melhor ter bastante paciência.
      O dispositivo é apenas um conceito e sequer um protótipo foi construído. Segundo Auger, é necessário esperar que haja interesse comercial na idéia. "Vamos aguardar e ver", disse ao site inglês ElectricNews.Net.Basicamente, o dente futurista usaria tecnologia sem fio -como os padrões 802.11 ou Bluetooth- para receber sinais de dispositivos de áudio como celulares, rádios, aparelhos de som ou computadores.
      Esses sinais seriam transformados em vibrações que viajariam do dente para o crânio, criando sons diretamente no ouvido interno da pessoa. Ninguém mais poderia ouvir a comunicação. "Na verdade, a idéia não era desenvolver um produto comercialmente viável rapidamente", explicou Auger. "Nosso maior interesse mesmo era o retorno da proposta". Ele disse que parte do projeto era ver a reação das pessoas à biotecnologia futurística que fosse facilmente antevista, mas que ainda não existe. "Muita gente ficou chocada com a idéia", diz."Muita gente, quando observa o projeto, o vê como uma solução para pessoas surdas, algo que não fazia parte de nossa concepção", diz Auger.
      No Laboratório de Mídia da Europa, Auger quer continuar a gerar idéias sobre novas tecnologias e sentir a reação das pessoas à idéia de repor ou melhorar partes do corpo com máquinas ou por outros meios tecnológicos. Atualmente, ele está trabalhando em um projeto que lida com as implicações sociais das modificações genéticas.
      "Há um enorme debate sobre este tipo de coisas. Se você aplica a Lei de Moore (que diz que o desempenho dos processadores dobra a cada 18 meses), faz sentido que em 30 anos olhos e orelhas artificiais estarão disponíveis e com mais capacidade do que os órgãos normais", disse. "Será que as pessoas vão trocar seus olhos naturais por uns com visão noturna ou de longo alcance? E mais importante, como as pessoas vão se sentir com esse tipo de coisa se elas o fizerem?", questiona o pesquisador.



Postado por: Márcio Robson.

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